sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Garotas de ouro

Fugaz   perpassa o tempo de bancos escolares, freiras pelos corredores, longas e largas escadarias, filas de se entrar em salas de aula, austeros professores, outros nem tanto, a  maioria irmãs da congregação Beneditina, com seus  hábitos que as cobriam da cabeça aos pés. Durante o recreio lanche e jogos de Pingue-pongue, uma corridinha na cancha de vôlei,  ou simplesmente o sentar-se nas escadarias do nosso lindo colégio para um bate-papo gostoso, apanhando o rico sol da s manhãs de inverno . Em dias de prova, o repassar apressado na matéria estudada trocando idéias  com as mais estudiosas, que na época chamávamos de " Caxias" em homenagem ao nosso herói militar da guerra do Paraguai!  Aos sábados pela manhã, hasteamento da nossa  bandeira e a execução do nosso hino nacional, seguidos do hino à bandeira e alguns outros hinos e cantos. O civismo cultivado e o patriotismo plantado nos enobrecem e o transmitimos com orgulho aos  nossos descendentes. Esse tempo escolar nos tornou responsáveis e dígnas professoras e na sequência, boas esposas, donas de casa e mães dedicadas! E o mais importante, esse elo invisível nos uniu com a solidez de uma rocha e dentro dela guardamos as preciosidades dos cristais e o reluzir do rico ouro, e por esse motivo desde 1977 nós somos assumidamente as Garotas de Ouro!

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

lembranças Noilves Araldi

Papai com meu irmão Cláudio Chácara Cabanã-Caçador



Um reveillon em B. Camboriú SC


Aniversário da nossa mãe Elsa. Apreciando seu bolo. E eu e meu irmão José Aristides cantando parabéns antes da festa começar. 



terça-feira, 10 de setembro de 2019

Setembro








Setembro,
flores e frutos antes do verão, folguedos e roda-cutia com meus irmãos.   
No quintal em que brincávamos se colhia as cenouras e as esfregávamos no avental de menina e a comíamos com sofreguidão, pois já estávamos exaustos e famintos dos brinquedos que construíramos com os cacos de vidro, pedaços de tijolos retirados do montinho deixado pela empregada que havia corrido para a cozinha mexer as panelas que frigiam no fogão à lenha dessa época da nossa infância.
De sobremesa tínhamos os moranguinhos vermelhos e estufados que nos espiavam através das folhas verdes que os encobriam. Das maçãs, os seus sabores, tantas vezes ainda acres, pois as sacudíamos do pé antes de ficarem doces. Vorazes e afoitos, os meninos compensavam o nosso medo de escalar e lá do alto jogavam as mais lindas de se ver para devorá-las todos juntos na nossa cozinha de chão da casinha de nossas ilusões. 

Texto de Noilves Araldi